A arrecadação do Simples Nacional, regime tributário simplificado destinado a microempresas e empresas de pequeno porte, atingiu resultados impressionantes nos primeiros sete meses deste ano, revelando um aumento real de 7,69% em comparação com o mesmo período de 2022. De acordo com os dados divulgados pela Receita Federal, esse crescimento se traduziu em um volume financeiro de R$ 98,1 bilhões, o que representa uma contribuição significativa para a economia do país.
O impacto positivo dessa arrecadação não se limitou apenas aos cofres públicos. Os impostos recolhidos das Microempreendedoras Individuais (MEIs) e das micro e pequenas empresas também exerceram uma influência benéfica sobre as contribuições previdenciárias. Entretanto, um cenário interessante se delineou no volume total de impostos e contribuições recebidos pelo governo federal, que experimentou uma leve diminuição de 0,39% durante o mesmo período.
Claudemir Rodrigues Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, destacou a importância desse aumento na arrecadação do Simples Nacional para a economia brasileira. Ele enfatizou que a arrecadação se aproxima da marca dos R$ 100 bilhões, o que, segundo ele, contribui positivamente para a geração de renda e emprego no país.
A recuperação econômica das micro e pequenas empresas, especialmente no setor de serviços, tem sido uma constante desde o início do período pós-pandemia. Malaquias observa que esse segmento não apenas está experimentando um crescimento consistente, mas também está impulsionando as contratações e o aumento de empregos formais. Esse desempenho é particularmente visível no setor de serviços, abrangendo atividades como eventos, gastronomia, economia criativa e turismo.
Segundo dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), no primeiro semestre de 2023, cerca de 70% das vagas de trabalho com carteira assinada criadas – um total de 1,023 milhão de vagas – tiveram origem nas micro e pequenas empresas. Para Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae, a resiliência e a capacidade das pequenas empresas de impulsionar o desenvolvimento econômico do país são inegáveis. Ele destacou que, mesmo em momentos de incerteza econômica, as micro e pequenas empresas se mostram como motores essenciais para a movimentação da economia e a geração de empregos.
Não é por acaso que as micro e pequenas empresas já representam aproximadamente 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Além de gerarem um faturamento anual de aproximadamente R$ 3 trilhões, essas empresas são responsáveis por mais de 78% dos empregos no país. A inclusão produtiva também é uma característica marcante desse setor, promovendo oportunidades para os Microempreendedores Individuais (MEIs).
O setor de serviços lidera o contingente de micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais, abrangendo mais da metade dos cadastros ativos no país. Comércio, indústria e construção civil também figuram como setores de destaque nesse cenário. Em resumo, a ascensão da arrecadação do Simples Nacional e o papel fundamental das micro e pequenas empresas na economia brasileira lançam um olhar otimista sobre o futuro do país, evidenciando a importância desses atores para a prosperidade econômica e a estabilidade social.
Com informações do Portal R7
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